Escrevi este singelo texto no primeiro dia do ano de 2009, éramos nove mulheres comemorando a passagem do ano. Um dia normal, uma energia singular...
Por Leidi kitai
Sinto a energia e toda singularidade que só o nascer do dia pode proporcionar. O que contam como primeiro dia do ano, como se fizesse alguma diferença mudar de ano visto que os “rituais sociais” se repetem incansavelmente e assim será por um longo período de tempo. Sim, talvez faça diferença ser este o primeiro dia: o silêncio é incrível! Até os cães e os pássaros parecem compartilhar desse momento, expandindo sorrateiramente o som que antes bradava-os sem hesitar.
Sinto sede. Como se toda a sede que sentisse antes não tivesse sido saciada. Agora talvez seja o momento de se programar e perfurar os poços novamente. Eles estão lá, basta que se cave mais um pouquinho que a água brotará...parece até que por algum momento vai fazer diferença estar iniciando mais uma contagem de ano e planejar a vida, como se fosse seguir esse roteiro. Talvez por isso não pensei nesse ano e sobre o que pretendo fazer. Normalmente as ponho no papel, e, normalmente são coisas que estão distantes de acontecer, coisas que nem são prioridade. Mas o que é prioridade para mais uma seleta de dias meticulosamente calculados? Como pode-se saber de prioridades? Sendo assim, desta vez apenas espero que elas venham. Sim, as prioridades devem vir até mim.
Respiro, levanto o olhar lentamente como se pudesse tocar o azul que lá adiante salta entre as casas...esqueço quem sou por alguns minutos, perdida no sublime limiar entre o consciente e o inconsciente de quem pouco dormiu e que aos poucos vai pisando os pés no chão. Quase tudo volta ao normal, o barulho, a rua, o sol...mas elas, elas continuam dormindo...
É essa singeleza de irmã q sempre me faz lembrar da raiz da mesma árvora da qual viemos... Nascemos da mesma terra, sob o mesmo sol, com águas ternas de um Deus sempre presente, ainda q dormente em nossos sonhos de almas atemporais em busca eterna do santo graal, dos cachos perdidos de Atenas ou Afrodite, sempre respirando, sempre nascendo e sempre morrendo, e nascendo de novo... sim eternas em nosso corpo maior celestial...
ResponderExcluirVc sempre me faz lembrar da nossa "terra natal", o norte das manhãs eternas...
Bjo minha maninha! (lembro-me bem deste dia... :o))