sábado, 25 de junho de 2011

Esperança




A sensação que tenho é de que estou sempre me despedindo, mas não com pesar, em minha face um sorriso de canto de boca e translúcido traduz o que levo na alma.
Caminhando nos trilhos dessa vida percebo e sinto cada momento, únicos, que me fizeram feliz e triste. Centrifugando tudo isso o eu foi o que restou planando sob cada uma dessas lembranças.
Agora vivo o agora muito mais intensamente do que antes. O que virá é como aquela lágrima que insiste em cair, densa, quente e breve.
Ininterruptas são as horas, mas mesmo assim brinco de fabricar o tempo em imagens intra-externas das quais me vejo refém a acreditar.
O que seria da vida sem mim?
Esperança.


Leidi Kitai

domingo, 12 de junho de 2011

A Quoi Ça Sert L'amour?






Eu me pergunto e te pergunto...

Música: Edith Piaf - A Quoi Ça Sert L'amour




quarta-feira, 8 de junho de 2011

Expansão



Como nuvens que se dissipam, vejo tudo tão claramente estampado diante meu olhar que chega a causar certo espanto, é apenas lucidez?

O dia amanhece e ouço os pássaros cantar, e como aqueles raios solares que aos poucos vão surgindo, em minha mente o reflexo do tempo me faz abandonar velhas manias.
E me sinto mais leve por isso.
A espiral da mais uma volta, não, os ciclos não se fecham, a linha é continua e vai adiante.
E me sinto mais feliz com isso.
É o despertar em um alvorecer no meio da noite, não que a noite estivesse mal iluminada, mas é que em suas luzes o artifício artificial planava iludindo os menos avisados.
Expandindo...
Os raios solares hoje não incomodam, sinto a caricia que o despertar me traz
Vejo beleza em cada passo, cada vida que passa, cada história, pensamentos...
Meu peito explode em notas de amor e compaixão, o divino em meu ser vem à tona mais intensamente.
E o rio segue, cada vez mais próximo, de encontro ao mar.

Leidi Kitai

domingo, 5 de junho de 2011

Lucidez

Aqui jaz a decifrar o traçado da vida, em que desenho me enquadro? Em que quadro ou moldura?
Ar rarefeito, pequenas gotas de orvalho esvaindo com o ascender de brilhantes raios solares.
Tempo, é o que tenho. Às vezes corro em sua frente, tropeço, paro, fico para trás, levanto e ando ao seu lado, tempo.
Onde estão os cavalos que me prometeram?
Homem de aço, deixa-te polir que o brilho de tua alma ofusca, basta permitir- se. Meu olhar transcende a armadura e enxerga além...
Volto a trilhar pelas mesmas paisagens aguardando que se mudem as estações
E a primavera chegar
E tudo voltar a florir
Perder-me nos atalhos inventados
Sentir o vento em meu vestido e me guiar por
ele.
Continuamos na mesma estrada
(...)

Leidi Kitai

sábado, 4 de junho de 2011

As flores desabrocham para...