Escrevi este texto após um entardecer estranhamente belo...
Foi no primeiro dia de dezembro, não terminei de escrever ainda e nem sei se algum dia o farei...
Hoje vou postar ele aqui para minha irmãzinha de alma, Mity.
Ontem, e quase sem querer, aconteceu algo. Uma estranha e linda sensação veio e tomou conta de mim, transformando-me. Venho de dias onde a insanidade das horas, das pessoas e acontecimentos tomava minha alma e a levava acorrentada por entre as frestas de um cotidiano sem vida.
Sim, aquele sangue que corria nas veias acelerava, incontido no corpo, pulsava. E pulsava com tamanho ardor que mal podia controlar, a respiração parecia não obedecer ao ritmo natural. O tempo era como dois pequenos grãos de areia numa ampulheta.
Um conflito interno que teve um feliz vencedor: a vida. Ela veio e invadiu meu ser, e quando menos esperava comecei a notar as árvores, a brisa de um entardecer tocando delicadamente cada poro de minha pele, meu cabelo a esvoaçar... A luz solar iluminava minha face como um ser divino, meus olhos fechavam e abriam com tamanha leveza que parecia não mais estar ali. E já não estava.
Se uma sensação pode ser descrita ela começa assim...
Meu corpo, tomado de luz, atravessou um portal. Pura energia vibrando com tamanha força que era visível sua oscilação. Era como se toda a sujeira que veio se agregando em mim tivesse sido deixada para trás. A alma seguia pura, e aquela sombra de pó se desfazia no vento. Um curto espaço de tempo, e o mundo ao meu redor se desfazia...
Que belo!
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