
Sair. A rotina contada em versos desconexos. É a vida que passa sobre três ciclos de duas rodas. Segue sempre em fila como uma corda sendo puxada, nós feitos e deixados para trás, pontas que nunca se encontram, caminhos que sempre se cruzam mas nunca se calam no olhar vago à procura de algo que possa ater-se.
O cinza do céu do dia que se inicia prolonga-se na mente, como uma lata de tinta jogada, vazia.
Uma nevoa de figuras imaginárias se estende diante dos meus olhos e o mundo se desfazendo por onde vou passando. Caminhando numa muralha, apenas sigo. No olhar o mundo interior se desvendando, não mais espelhando ou fruindo.
A essência e o essencial tentando quase que em vão dividir o mesmo traçado, cada uma com um lápis na mão esquerda.
Lição do dia: aprendi a discursar no silêncio.