Só o meu coração está batendo desigual ?

Trem do Pantanal

(Paulo Simões e Geraldo Roca)

Do eu tempo

O mundo é um pergaminho de verdades e mentiras onde as conexões estão perdidas. 

O que se passa com a menina? 

Onde estão as memórias, os trajetos, descobertas e desafios?

Quem vê assim até pensa...

Seu tempo não parece o mesmo,

 mas seu tempo é exatamente igual,

 sem cortes, sem edição.

Finda cada dia como se o deixasse passar sem ele, o tempo.

Pobre do entorno que não tem a mesma caixa,  lápis, cor.

Pobre ela, que não percebe que é apenas aquela velha gota que completa o oceano.

Quase 30, faz um pedido...

Quase trinta, 

to quase lá!

Se não tiver lá o que vim buscar,

 não me importo, 

bom mesmo é caminhar...

"Faz um pedido!"

Tente resolver!

Dela pra ele ou seria Dele pra ela?

Aqui os papéis se invertem...
Meu rapaz!

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É insonia ou normal?

E quando a madrugada é falha, a insonia ouve o que a boca enxerga como verdade. 
O cérebro não consegue exprimir, porque não tem coração, nem uma caneta próxima do pé para que o mesmo possa cantar o que o ouvido não sente, nem cheira.

Nem tá frio, só venta e causa nevoeiro na nuca, impedindo que os olhos se concentrem e raciocinem com a rapidez que lhe é esperado.

A música parou e a pele nem ouviu o silêncio que se fez.

É fim de noite ou inicio de dia?
Não sei..
apenas É!

Há respingos..

Sinto em notas e em versos o que minha mente reverbera, a ternura tão sincera de um outono invernal, que, 

me contradiz, 

me constrói, 

me consome. 

Não que os contornos estivessem errados, apenas me parecer respingar como aquela tinta fresca, 

que não seca, 

não dilui. 

E que Lá esteja, 

Lá está a salvo, 

Lá parece tudo calmo, intocado, sutil e singelo como palavra sem livro.  

É só sensação,  

passa, 

esvai.